quarta-feira, janeiro 4

Futilidade é bom

BBB ainda nem começou e já está gerando polêmica. Não é de hoje que é só chegar Janeiro para os pseudo intelectuais vomitarem seu repúdio pela casa mais vigiada do Brasil.
Em qualquer esquina terá alguém para destilar todo o ódio do mundo por um simples programa de tv. E o discurso é sempre o mesmo: é fútil, não acrescenta em nada, não tem cultura, e por aí vai.
Eu adoro gente inteligente, adoro conversas inteligentes, adoro tudo o que me deixa um pouco mais inteligente, porque sem modéstia, eu já sou inteligente pra caralho e um pouquinho mais é sempre bem vindo. Mas sabe o que não suporto? Gente chata, gente clichê. E quer algo mais clichê e chato do que falar mal da futilidade?
Se para tudo na vida é preciso equilibrio, para a inteligência também. Ninguém precisa passar 24 horas do dia apenas alimentando o cérebro para provar que tem um. A diversão pela diversão faz bem para a saúde mental de qualquer pessoa, e não só faz bem, como é extremamente necessária. É a água que não deixa que o motor esquente demais.
Futilidade é perda de tempo. Sim, é. E a melhor coisa do mundo é ter tempo para perder. Infeliz da pessoa que não tem tempo para ela mesma, que não tem hora do dia dedicada às suas futilidades pessoais, ao seu riso descompromissado ou ao seu choro pré-adolescente. Seja assintindo BBB, novela, lendo o último livro da saga dos vampiros que brilham, do bruxo adolescente, ou cuidando da própria aparência.
Enriqueça-se culturalmente, leia livros bons, assista bons programas na tv (porque eles ainda existem), tenha amigos diferenciados e que te acrescentem em algo, estude, aprenda algo novo, ouça boas músicas, conheça novos lugares e novos povos, aprenda uma nova lingua, mas no fim do dia curta a sua futilidade pessoal, assista um enlatado americano, ouça uma música pobre, leia um bestseller e ria de uma piada suja.
Seja inteligente, seja fútil. Seja o equilibrio que seu corpo e sua mente precisam. Seja a pessoa que consegue conversar desde com o chefe da sua empresa até com a faxineira. Seja o que você é, sem medo, sem insegurança. Não prove sua inteligência para ninguém, use-a.


*Destaco que o texto acima não é de minha autoria. Gostei e resolvi compartilhar. O texto e os autores encontram-se em http://corramary.com/futilidade-e-bom/

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